As situações precárias de diversas estradas, ainda fazem parte da rotina na vida da população de 76 municípios gaúchos. O problema é que estas cidades não tem acesso asfáltico. Para identificar um a um e descobrir as causas que trancam o desenvolvimento de muitas obras é um dos objetivos da Comissão Especial dos Municípios Sem Acesso Asfáltico, da Assembleia Legislativa. A primeira audiência pública no interior do Estado para tratar deste dilema, ocorreu nesta segunda-feira (23) em Amaral Ferrador.
O deputado Pedro Pereira (PSDB), juntamente com o presidente da Comissão, deputado Gilmar Sossella (PDT), comunidade, autoridades locais e da região fizeram um grande debate. Um exemplo abordado no encontro, foi o caso da RS-354, entre Amaral Ferrador e Cristal, são quase 38 km de estrada de chão. Este é um sonho antigo e uma das principais demandas da população, foi na gestão do ex-governador Antonio Britto (PMDB) que as obras foram iniciadas em 1998. Durante a gestão da ex-governadora Yeda Crusius (PSDB) as obras foram retomadas, mas quando o ex-governador Tarso Genro (PT), assumiu o governo, as obras foram interrompidas e nada foi feito.
Classificando como lamentável que está obra ainda não tenha sido concluída. O deputado Pedro Pereira disse que no governo Yeda foram destinados 500 milhões para implantação de asfalto em diversos municípios. Na RS-354, as obras realizadas totalizaram em 8 km de terraplanagem, com colocação de bueiros. “É muita sacanagem e uma falta de respeito com a população o que o governo do PT fez, parou uma obra necessária para todos, não somente em Cristal e Amaral Ferrador, mas em muitas cidades gaúchas” desabafou Pereira.
A falta de planejamento, de obras e de manutenção nas estradas gaúchas também é debatido na Subcomissão sobre os Acessos Asfálticos dos Municípios do Rio Grande do Sul. E nesta terça-feira (24), uma audiência pública na Assembleia Legislativa tratou da situação dos municípios das Regiões Centro-Sul, Vale do Caí, Vale do Rio Pardo, Vale do Taquari, Hortênsias, Serra, Litoral e Sul. O encontro contou com a presença do diretor do DAER, Ricardo Nunes e também de representantes do Ministério Público, e lideranças municipais. “É uma realidade que tem que mudar, não existe progresso sem asfáltico, pois além da população que sofre, outras áreas são prejudicadas, como a saúde, educação e transportes de grãos” concluiu Pereira.
Texto: Rafael Ribeiro – Jornalista MTE 17665 – Foto: Juarez Junior – ALRS
