Com mais de 300 cidades em situação de emergência decretada por conta da seca, a Famurs reuniu presidentes de entidades regionais, secretários de Estado e deputados para discutir o tema. No encontro, realizado em ambiente virtual, o presidente da Associação dos Muncípios da Zona Sul (Azonasul), Luis Henrique Pereira da Silva, prefeito de Arroio Grande, apresentou críticas ao descaso dos governos estadual e federal com os problemas enfrentados pela falta de chuva na região.
Durante o encontro, o projeto elaborado pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa): “RS Água Urgente” foi apresentado como estratégico para o enfrentamento da estiagem em regiões que já apresentam dificuldade para o abastecimento de água potável. Conforme a superintendente, Karla Rech, a criação do projeto em parceria com o Estado poderá ser uma saída a curto prazo e tem boas chances de obtenção de recursos por parte da Fundação. ‘Nossa ideia é formar um grupo de trabalho com a participação de autoridades municipais, estaduais e federais, que vai mapear as regiões mais afetadas pela ausência de chuvas e obter recursos”, detalhou.
O secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, relatou que a secretaria já perfurou 40 poços artesianos, e iniciou as obras para outros 100, nas regiões mais afetadas. Além disso, segundo ele, o Estado está construindo açudes e entregou cerca de trezentos kits de irrigação para agricultores familiares. O secretário disse ainda que requereu à Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que se amplie até 31 de maio o prazo junto ao Banco Central para que municípios homologuem seus decretos de emergência e solicitem renegociação de dívidas com prazos e limites diferenciados.
ENCAMINHAMENTOS – Além do projeto da Funasa e o estabelecimento da parceria para a realização das ações, a Famurs posicionou os participantes sobre as articulações já realizadas com a bancada gaúcha na Câmara, para que parte das emendas parlamentares sejam encaminhadas para socorro aos municípios que tem problema de abastecimento.
Kariza Barros
Assessoria da Azonasul