Projeto com revisão de meta fiscal é uma das prioridades da equipe econômica do presidente interino Michel Temer
Pouco depois de participar de cerimônia em que seis embaixadores entregaram suas credenciais, na manhã desta quarta-feira (25), o presidente interino Michel Temer comentou sobre a aprovação da nova meta fiscal enviada pelo governo ao Congresso no início da semana. “Foi uma bela vitória”, disse Temer.
O Congresso Nacional aprovou, na madrugada desta quarta-feira (25), em votação simbólica, o projeto com a revisão da meta fiscal para 2016, uma das prioridades da equipe econômica do presidente interino de Michel Temer. O texto autoriza o governo federal a fechar o ano com um déficit primário de até R$ 170,5 bilhões nas contas públicas.
“A aprovação da meta resulta em ajuste de receitas de forma real porque a receita que previa superávit de R$ 30 bilhões, que era o texto do governo anterior, era algo extremamente irreal. Estamos ajustando as receitas, ajustando as despesas e estamos retomando investimentos estratégicos para o País”, disse o senador Romero Jucá (PMDB-RR).
Os parlamentares aprovaram o relatório do deputado Dagoberto (PDT-MS), que invocou o “momento excepcional” ao pedir a aprovação do texto. “Não podemos ignorar as dificuldades financeiras que o País vem enfrentando. O momento politico requer grande esforço de todos em prol da retomada do crescimento”, disse.
A meta fiscal, economia que o governo promete fazer para pagar a dívida pública, gira em torno da expectativa da receita arrecadada e também dos gastos. A nova meta com o déficit foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que apontou dificuldades diante da crise econômica e queda nas receitas com um recuo do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,8%. Também contribuiu o fato de que, caso a meta não fosse revista até o dia 30 de maio, o governo ficaria “paralisado”, uma vez que na prática teria de cortar mais despesas para cumprir a meta enviada anteriormente, com previsão de superávit de R$ 24 bilhões.
O texto segue agora para à sanção presidencial.
Fonte Departamento de Relações com a Imprensa Regional
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